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INTERVIEWS
Interview with Jo Bench for Metal Attack Webzine (Brazil) 2001 "Enquanto muitas revistas e zines se voltam para o “mainstream”, nós do Metal Attack cada vez mais estamos atentos a bandas e gêneros que de certa forma estavam esquecidos e que aos poucos dão claros sinais de ressurgimento. Particularmente acompanho a trajetória dos ingleses do Bolt Thrower desde o inicio dos anos 90 e não só eu, mas muitos headbangers pelo mundo afora, consideram a banda com uma das mais pesadas e autênticas bandas já surgidas. No final do ano passado, a banda volta as atividades e em entrevista exclusiva ao Metal Attack, a lendária baixista Jo Bench nos conta em detalhes o que a banda pretende fazer, além é claro de falar do grandioso passado desta banda, que é sinônimo de peso e dedicação ao death metal". Metal Attack: Como foi a aceitação do último álbum “Honour, Valour, Pride” e como os fãs viram a participação de Dave Ingram neste álbum e na turnê ? Jo: A reação ao “Honour, Valour, Pride” foi bem positiva. Karl esteve presente em todos os álbuns do Bolt Thrower então o Dave sabia que ele tinha uma grande responsabilidade, mas ele fez um bom trabalho e se encaixou bem a sonoridade da banda. Nós já tínhamos feito algumas turnês na Europa com Dave antes dele gravar conosco, então vários fãs já estavam acostumados a ele como sendo parte da banda. Obviamente havia vários fãs do Karl lá fora, então para eles não há outro vocalista do Bolt Thrower, talvez eles estejam um pouco mais felizes agora! Metal Attack: Tive a impressão de que o Karl deixou tudo pronto para o Dave, ele só precisava gravá-lo. Isto é impressão ou o Karl fez mesmo? Jo: Não, o Karl não teve nada a ver com a composição do “Honour, Valour, Pride” . As letras foram escritas pelo Gavin e o Dave. Metal Attack: Karl deixou a banda algumas vezes, mas sempre gravou todos os álbuns. Porque desta vez foi diferente com o “Honour, Valour, Pride”? Jo: Karl saiu oficialmente do Bolt Thrower em 1994, mas nós pedimos para ele voltar e gravar o “Mercenary” em ‘98 já que estávamos sem vocalista quando o Martin (Van Drunen) saiu. Karl não era capaz de acompanhar a banda naquela época porque ele estava na faculdade, etc., além de ter outros compromissos. Então depois que o “Mercenary” foi gravado o Dave se juntou a banda, para fazer algumas turnês conosco e assim, gravou o “Honour, Valour, Pride” . Metal Attack: Este retorno do Karl aos vocais do Bolt Thrower foi uma agradável surpresa realmente. Algum fato em especial motivou a saída de Dave e o retorno do Karl? Jo: Dave estava tendo vários problemas e sentiu que não poderia mais continuar na banda. A saúde dele estava sendo afetada e ficou claro que ele precisava pôr todo seu esforço em ficar bem novamente. Foi triste vê-lo ir, desejamos o melhor para ele. Não há nenhuma grande história por trás do retorno do Karl, basicamente pedimos para ele voltar e ele disse sim. Metal Attack: O último álbum “Honour, Valour, Pride” foi lançado em 2001. Porque vocês tiverem um jejum tão grande entre o último álbum e o novo? Jo: Nunca fomos uma destas bandas que joga um álbum a cada ano, ou preenchem uma lacuna com um álbum ao vivo ou EP com covers. Nós gostamos de ter nosso tempo e estar certos de que cada álbum que lançamos esteja cheio novas músicas e com qualidade. Nós escrevemos cerca de 50 músicas que devem virar 10 e isto consome muito tempo. Para ser sincero, nós esperávamos ter lançado o novo álbum ano passado (2004), mas com a saída de Dave e vários outros problemas, não deu para lança-lo. Então, agora planejamos entrar no estúdio na primavera e lançá-lo no final do verão/outono de 2005 e esperamos que valha a espera! Metal Attack: Quando o Bolt Thrower começou a banda tinha uma sonoridade muito peculiar e uma personalidade forte, esta característica também estava presente nas letras. Em matéria de som vocês sempre tiveram o peso das guitarras como prioridade. Como você definiria a sonoridade do Bolt Thrower e o quê podemos esperar da banda hoje em dia? Jo: Eu acho que originalidade e peso sempre foram uma prioridade para nós. Nós sentimos que o Bolt Thrower tem sua própria sonoridade bem distinta e nós queremos continuar esta sonoridade durante o tempo que a banda durar. Nós vimos um monte de bandas que mudaram seu estilo e perderam aquilo que as tornou uma grande banda e nós tivemos uma decisão consciente desde do dia em que começamos que nós nunca iríamos fazer isto. O novo álbum soará como Bolt Thrower, a música será pesada e o tema das letras será a guerra. Não nos desculpamos por isto!! Metal Attack: Desde o início dos anos 90 o death metal cresceu de forma espantosa e a velocidade tem sido prioridade entre as bandas do gênero. Qual sua opinião sobre o que esta acontecendo na cena death metal mundial? Jo: Eu acho que as bandas de hoje em dia estão muito influenciadas umas pelas outras e uma monte delas soam a mesma coisa e isto é triste. Quando começamos, a cena estava transbordada de originalidade, todo mundo estava fazendo algo diferente, ninguém se chateava com recorde de vendas ou se saia em revistas ou grandes turnês. Tinha tudo a ver com expressão musical. Hoje em dia imagem e dinheiro é a maior parte da cena metal e as gravadoras estão a fim de ganhar dinheiro levantando a popularidade do metal. Existe um monte de bandas “descartáveis” por aí, vai ser interessante ver quais bandas de hoje em dia vão estar por aí daqui a 15,20 anos. Metal Attack: O Bolt Thrower tem muitos fãs aqui no Brasil. Há alguma possibilidade da banda se apresentar aqui em 2005 ou em um futuro próximo? Jo: Nós adoraríamos ir ao Brasil. Se alguém tiver interesse em alguma turnê nossa, entre em contato com a Metal Blade!! Metal Attack: Hoje é mais comum se ver mulheres em bandas de heavy metal. Você já sofreu algum tipo de preconceito? Jo: Não, eu nunca sofri nenhum tipo de preconceito. Nós nunca nos promovemos pelo fato de eu ser mulher ou tentamos usar isto como marketing e eu acho que as pessoas respeitam isto. Acho que sou sortuda! Metal Attack: Aquele tipo de peso, no início da música "Cenotaph" se tornou marca registrada do Bolt Thrower. Isto começou no álbum “Realm of Chaos” e aparece novamente no “The 4th Crusade” na música "Embers". Como vocês tiveram esta idéia de criar uma conexão entre as músicas nestes três álbuns? Jo: Isto começou com “World Eater” (Realm of Chaos) e também continua na “Power Burns” e não se surpreenda se aparecer no novo álbum também! Nós somos grandes fãs de continuações, então sentimos que era certo carregar um riff através dos álbuns e parecia que só aquele riff era certo. Várias pessoas não percebem que aquilo foi intencional e acham que nós nos sugamos, mas nós sabemos o que estamos fazendo (risos) Metal Attack: Você já imaginou o Bolt Thrower falando sobre outro assunto que não esteja relacionado a guerra? Jo: Não, isto é parte do Bolt Thrower, tanto quanto a música pesada. Nós nos chamamos Bolt Thrower e não podemos falar sobre belas flores, podemos?! Metal Attack: Obrigado Jo por responder esta entrevista. Por favor deixe uma mensagem para os fãs brasileiros do Bolt Thrower e para os leitores do Metal Attack. Jo: Obrigado por esta entrevista. Eu só gostaria de desejar a todos os fãs brasileiros Bolt Thrower e aos leitores do Metal Attack um fantástico 2005. Obrigado pelo apoio a banda, nós estimamos isto. Esperamos que o Bolt Thrower apareça no Brasil em breve! Por Jorge Krening, Christian “Trevas-The Usurper” & Metal Attack - Metal Magazine Online Tradução por Christian “Trevas-The Usurper” // End of the page page_bottom(); ?> |